13 fevereiro 2008

Tendências de mercado no desenvolvimento móvel em zonas rurais

Em estudos recentes, me deparei com um trabalho encomendado pela Nokia, sobre o mercado de desenvolvimento de software em áreas mais carentes, como algumas cidades do interior da Índia. O estudo denominado The Mobile Development Report, publicado em 2006, procurou estudar a dinâmica da economia móvel em áreas rurais e suas conseqüências para o desenvolvimento de software.
Alguns dados que achei interessante:
  • Em 2007, existem 2,6 bilhões de usuários de celulares;
  • Previsões indicam que esse número deve saltar para 4 bilhões até 2010;
  • Menos de 20% das pessoas do mundo vivem hoje onde não há cobertura móvel;
  • Usuários emergentes (aqueles que deverão comprar um aparelho móvel) vivem em lugares menos favorecidos.

Foi observado os impactos que os telefones trouxeram na vida social, política e econômica. O estudo identificou atores de desenvolvimento neste cenário, o que permite a empresa Nokia, por exemplo, imaginar novos formas e inovações para uso dos telefones móveis, que podem melhorar a vida das pessoas que vivem nessas comunidades.

Particularmente achei interessante o capítulo (Opportunities for Mobile Development), onde os pesquisadores apontam tendências de futuro para o que chamam grandes plataformas de mídia, no qual se referem ao ecossistema das telecomunicações e ambientes econômicos emergentes. São eles:

(i) Computadores conectados a Internet;

(ii) Televisão interativa (TV digital);

(iii) Telefones celulares;

(iv) Identificam ainda uma possível quarta plataforma, os consoles de games (vídeo-game).


Segundo o texto, a penetração de cada uma dessas plataformas nas residências e escritórios de várias economias emergentes será determinada pelas interações de mobilidade e tipos de conteúdos preferidos pelos usuários de cada região. Outro ponto a destacar, foi observado que a plataforma de telefones celulares é tipicamente um canal de comunicação oral, enquanto que PCs conectados é uma plataforma primariamente textual e visual. Assim, tecnologias podem prover serviços baseadas na experiência de áudio para usuários finais onde os computadores não atingem esse público.

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